A melhor escolha!

Saio de casa, trajando uma blusa novinha e um jeans antigo já. Era noite, havia sido convidado por um pessoal do colégio para ir a uma festa na casa do Juca.
Diziam que ele sabia dar as melhores festas. Como era aluno novo, achei que seria uma boa oportunidade de fazer amizade e conhecer melhor a galera.
Fiz questão que meu pai estacionasse em frente a casa do tal Juca, pois não acho mico ganhar carona dos pais. Sabe, a verdade é que não entendo esses jovens.
Que tem todas as suas contas pagas e roupas compradas pelos pais, mas que acham um grande mico uma simples carona. Pois eu sou diferente, e gosto de ser.
Recebo um beijo e um abraço de meu pai antes de sair do carro. Quando o vejo dobrar a esquina, caminho em direção a festona!
Depois de muito me esquivar e pedir licença, consigo entrar. A casa era imensa e estava lotada de adolescentes sorridentes.
Um garoto de boné se aproxima e só então percebo que é o dono da festa.
-Legal você ter vindo cara!
-Pois é.
-Divirta-se!-exclama me dando uma latinha de refrigerante.
-Valeu.
Juca some no meio da multidão, e eu encontro o pessoal que fez o convite.
Começamos a conversar, papo bom e divertido. Só que o som muito alto começou a incomodar. Pego outra latinha e vou até o jardim da casa.
Estava mais tranquilo e não havia ninguém. Sento no gramado e bebo um pouco do refrigerante.
Ia dar mais um gole quando alguém toca em meu ombro.
-Posso sentar aqui também?!-pergunta uma garota loirinha.
-Claro.-digo sorrindo.
-Obrigada. Meu nome é Bruna.
-Pedro.
Nos cumprimentamos.
-Você é aluno novo né?!
-Sou.
-Gostando da festa?!
-Mais ou menos.
-A música alta está incomodando né?!
-Demais.
-Sabe, um garoto disse que tem uma coisa que pode deixar a festa melhor.
-O quê?!
-Isso.
Bruna abre a mão e vejo duas pílulas nela. Senti meu estômago dar voltas de nervoso.
-Quem te deu isso?!
-Um garoto, acho que nem é do colégio.
-Você já usou isso alguma vez?!
-Nunca! E você?!
-Também não.
E era verdade, nunca mesmo! E tinha orgulho de ser careta. Pois é, somos chamados assim por sermos desprendidos de algo tão prejudicial.
Do nada, começou a ventar muito forte. E um papelzinho vindo não sei de onde caiu ao nosso lado, pegamos juntos e nele havia escrito um nome.
Jesus.
Bruna e eu nos olhamos e sorrimos largo, pisamos nas pílulas até que se esmigalhassem por completo e saímos daquela festa.
Desde daquela noite estamos juntos e dando palestras sobre os males causados pelas drogas. E contando como um simples papel, mas com um nome poderoso, mudou nossas vidas.














4 comentários:

  1. Que história bonita. Gostei!
    A minha droga é mais do que lícita. É a natação!
    Diria que é a minha droga, pois me tira desse modo de modo fácil, e minha salvação, pois me alivia os problemas e me faz crer na vida sempre.

    Beijo.

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  2. Escaparam por pouco, hein?
    Pena que muitos não encontram papéis como esse...

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  3. Que post lindo!!

    Sábia escolha, Jesus é sempre a melhor escolha... O único caminho...
    Sou apaixonada por Ele!!!

    Amei o post demais.

    bjos

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  4. Ser careta faz bem à saúde fisica e tbm à alma :)

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