Um conto de amor: Bossa de segunda-feira.


L
uiza se colocou de pé, assim que o despertador lhe fez acordar de um sonho tão agradável que estava tendo.
Era segunda-feira, e não podia ficar nem mais um pouco em sua cama. Caminhou até o banheiro, tomou um banho frio e voltou ao quarto para se vestir.
Jeans, uma blusa repleta de pequenas flores e sapatilhas vermelhas. Fora sua escolha para aquela manhã ensolarada.
Na cozinha comeu algumas torradas com chá de morango, depois com os dentes escovados. Trancou a porta e saiu com os cabelos presos num rabo de cavalo.
No caminho cumprimentou sua vizinha, que já cuidava das flores àquela hora. A passos não muito apressados, Luiza chegou ao ponto de ônibus. Alguns minutos depois, começa a sentir uma imensa vontade de ter um carro. Estava a cada dia mais difícil cumprir seus horários, tudo por conta da demora do ônibus.
Começa a bater a sola de uma das sapatilhas no chão. Indicando sua total impaciência, e eis que a condução se aproxima. Dá sinal e entra. Com a passagem paga consegue um lugarzinho perto da janela e senta. A moça dos cachos castanhos, pega um livro de romance na bolsa e começa a ler. Seu gênero predileto.
A campainha alerta que alguém quer descer, e mesmo com toda aquela movimentação e pessoas conversando de maneira animada. Lu, como é chamada pela família e os amigos, mantêm a atenção focada na leitura.
Fora a vez da moça descer do ônibus. E sorriu largo por não está atrasada para o trabalho. Sua profissão? Professora da 4º série. O sinal bate indicando o inicio das aulas. Com carinho, Luiza conduz seus queridos alunos para a sala.
Desde pequena sempre gostou de ensinar. E ama o que faz.



A tardinha, quando todos os alunos já haviam ido para as suas respectivas casas. Luiza se encaminhou outra vez até o ponto de ônibus, que não demorou muito para chegar. O que a deixou muito feliz, devido todo o cansaço que estava sentindo. Sentada de novo perto da janela, colou um fone em cada ouvido. Era Bossa que embalaria o trajeto de volta para casa. Por um instante, Lu desvia os olhos de suas unhas sem esmalte e olha para fora do ônibus. Seus olhos vão de encontro aos de um rapaz moreno. Eles mantêm contato visual, ele sorri e ela retribui. O ônibus volta a andar é o moço de sorriso bonito fica para trás. Luiza entra em casa ainda sustentando um sorriso bobo. E tudo o ela queria, sem nem saber o motivo... Era encontrar o rapaz outra vez.

6 comentários:

  1. Tem certos olhares que se leva pra uma vida inteira, né?

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  2. Ah os olhares, eles dizem mais que palavras, não é esse o belo clichê?!
    E que Lu encontre o rapaz e também faça contato verbal dessa vez.

    Ps. Obrigada pelas palavras gentis em meu blog, fico feliz em saber que gosta da minha escrita. Eu gosto do que você escreve, me lembra a mim algumas vezes. rs
    Se quiser participar da promoção será um prazer.

    Um beijO

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  3. Ah , acho que olhares são tão importantes , acho que podemos simplesmente sentir o que os outros sentem se conseguirmos entender um olhar (:
    Será que ela encontra ele de novo ? Tomara que sim HUSDHSDU
    Beijos :*

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  4. uhauiahiua

    Obrigado por comentar e acompanhar, acredite, ela não era certa... Denovo!
    ashaiushsiuas

    leia meu ultimo post ^^

    beijoos

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  5. Esses olhares "de rua". Acredito seja uma experiência vivida por muitos. Quem dera se eles sempre estivessem por lá quando voltássemos. Suspiros... rs.

    Beijos.

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  6. adorei o jeito que você escreve! :)
    Esses olhares que nos marcam...adoravéis!

    beijos

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